A política sul-coreana está em crise após o presidente Yoon Suk Yeol enfrentar um processo de impeachment devido à sua tentativa de implementar uma lei marcial que restringia direitos civis e fechava a Assembleia Nacional. A medida, anunciada em 3 de outubro, gerou grande resistência entre parlamentares e cidadãos, que temeram um retrocesso democrático. A ação foi revogada após uma votação urgente na Assembleia, onde os deputados, cercados por militares, pressionaram para a restauração dos direitos civis.
O Partido Democrático, principal oposição, expressou forte preocupação com a possibilidade de novas tentativas de lei marcial por parte do presidente, especialmente diante de relatórios que indicam a mobilização de forças de segurança para prender figuras políticas acusadas de serem contrárias ao governo. O líder do Partido do Poder Popular, Han Dong-hoon, sugeriu que a suspensão imediata do presidente seria necessária para garantir a estabilidade do país.
Em meio ao impasse político, o comandante das forças especiais da Coreia do Sul, Kwak Jong-geun, se recusou a seguir novas ordens relacionadas à imposição de lei marcial, destacando a crescente polarização interna. O processo de impeachment de Yoon, que ocorre em um momento de instabilidade, será votado nesta sexta-feira, enquanto as investigações continuam a apurar as ações do presidente, agravando ainda mais a crise política no país.