O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma nova tentativa de impeachment, depois de um episódio conturbado em que decretou a lei marcial, mas recuou poucas horas depois. Em declarações feitas no dia 12 de dezembro, Yoon justificou sua ação inicial como uma medida para “proteger a democracia”, apesar da controvérsia gerada pela decisão. O episódio gerou grande mobilização popular, com milhares de sul-coreanos voltando às ruas para pedir a sua remoção do cargo.
A oposição, que tem maioria no Parlamento, apresentou um novo pedido de impeachment, que será votado no sábado, 14 de dezembro. O primeiro processo de impeachment não obteve a maioria necessária, com menos de dois terços dos votos favoráveis, mas a continuidade da pressão política e popular mantém o clima de incerteza em torno da permanência de Yoon na presidência. O chefe de governo afirmou que resistirá ao novo processo até o fim.
Em meio a esse cenário de tensão política, o ex-ministro da Defesa, que foi preso, teria tentado suicídio, conforme relatado por uma agência local, o que adiciona uma nova camada de complexidade ao contexto político da Coreia do Sul. O país enfrenta um momento crítico, com profundas divisões internas e uma crescente insatisfação popular com o governo de Yoon.