O presidente da Coreia do Sul, após declarar Lei Marcial em 3 de dezembro, teria ordenado a retirada forçada de parlamentares que estavam reunidos para discutir a revogação do decreto. Segundo um comandante militar, o presidente teria dado ordens diretas para que se invadisse o Parlamento e se retirassem os legisladores. No entanto, o comandante decidiu não cumprir a ordem, e a situação gerou uma crise política no país. Embora inicialmente fosse reportado que o ministro da Defesa havia dado as ordens, o depoimento do comandante contradisse essas informações, levando a um aprofundamento das investigações.
O presidente, alvo de acusações de insurreição, se desculpou pela tentativa de impor a medida extrema, mas se recusou a renunciar, apesar de pressões internas em seu partido político. A crise gerada pela declaração da Lei Marcial foi marcada por divisões dentro do governo, com membros do partido sugerindo a possibilidade de uma eleição antecipada no início de 2024. Além disso, o ministro da Defesa que esteve envolvido na execução das ordens renunciou ao cargo e foi preso, aumentando a tensão política e institucional.
A Lei Marcial foi revogada pelo presidente apenas seis horas após a votação do Parlamento, mas o episódio mergulhou a Coreia do Sul em uma crise constitucional, prejudicando sua imagem tanto internamente quanto no cenário internacional. O governo, em resposta às perguntas sobre a situação de comando do país, afirmou que o presidente ainda se mantinha como comandante-chefe, embora a situação gerasse incertezas sobre a liderança efetiva do país.