O presidente suspenso da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, não atendeu à segunda intimação das autoridades anticorrupção nesta quarta-feira, relacionada à investigação sobre a imposição de uma breve lei marcial no início de dezembro. A intimação foi emitida pelo Escritório de Investigação de Corrupção para Oficiais de Alto Nível (CIO), mas Yoon, que já havia ignorado uma intimação anterior, também não compareceu ao interrogatório agendado. A decisão de não comparecer gerou críticas de opositores, que alertaram para o risco de destruição de evidências e pediram sua prisão.
Além disso, Yoon havia sido intimado anteriormente, em 15 de dezembro, por promotores que investigam os termos e a legalidade da imposição da lei marcial. O presidente, em um discurso público, garantiu que não se esquivaria de responsabilidades, sejam legais ou políticas, por suas ações. Contudo, seu não comparecimento ao interrogatório está alimentando um clima de tensão política e jurídica no país, com a oposição exigindo maior transparência e ação diante da situação.
A investigação sobre a imposição de lei marcial envolve acusações graves, incluindo insurreição, abuso de poder e outras infrações. A insurreição é uma das poucas acusações que não estão protegidas pela imunidade presidencial na Coreia do Sul. Yoon deve agora enfrentar um julgamento no Tribunal Constitucional, que decidirá se ele será removido do cargo ou se seus poderes serão restaurados. O caso continua a se desdobrar e a gerar intenso debate no país.