O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, se vê em uma situação política delicada após a decisão de declarar lei marcial, o que o levou a enfrentar uma possível votação de impeachment no parlamento. A crise foi alimentada por uma série de escândalos que envolveram sua administração, com destaque para as investigações sobre sua esposa, que se tornou um ponto de atrito no governo. A queda na popularidade do presidente, que atingiu 17% em uma pesquisa recente, está intimamente ligada à figura da primeira-dama, vista como um fator central da insatisfação pública.
A oposição acusa Yoon de usar a declaração de lei marcial como uma medida para evitar investigações sobre alegações que envolvem a primeira-dama, incluindo manipulação de ações e possíveis conflitos de interesse nas nomeações políticas. Em resposta, o presidente tem vetado tentativas legislativas para designar um promotor especial para investigar esses casos, justificando que tais ações são politicamente motivadas. A decisão de Yoon gerou críticas, com muitos vendo nela uma tentativa de proteger sua família de possíveis implicações legais.
Apesar de sua posição como primeira-dama, Kim Keon-hee tem sido alvo de intensas críticas e especulações, sendo vista como uma figura controversa no contexto político sul-coreano. Especialistas sugerem que a grande exposição e o escrutínio em torno de sua figura contribuíram para o enfraquecimento do apoio ao governo de Yoon. Em um cenário de crescente polarização, a continuidade do governo e a estabilidade política da Coreia do Sul podem depender da resolução dessas questões internas, que continuam a dominar o debate político no país.