A Prefeitura de São Paulo suspendeu o projeto de ceder o Largo da Batata, em Pinheiros, à PepsiCo, após reações negativas nas redes sociais e críticas de urbanistas e vereadores da oposição. A proposta inicial previa a transformação do local em “Largo da Batata Ruffles”, com a instalação de elementos publicitários e equipamentos que fariam alusão à marca, como bancos e letreiros. O projeto gerou controvérsias devido à concessão sem licitação, sendo considerado por muitos uma privatização de um espaço público.
A concessão estava prevista para permitir à PepsiCo explorar o mobiliário urbano do Largo, enquanto a empresa se comprometeria a investir R$ 1,1 milhão para melhorias no espaço, incluindo reformas, manutenção e a implementação de Wi-Fi gratuito. No entanto, o nome do local não seria alterado oficialmente, já que a cessão de naming rights ainda não havia sido formalizada. A proposta também foi criticada por especialistas, como o arquiteto e urbanista Nabil Bonduki, que considerou o valor do investimento insuficiente para um espaço tão relevante na cidade.
Em resposta à polêmica, a Prefeitura decidiu submeter o projeto à análise da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), que deve se manifestar sobre a proposta antes de qualquer avanço. De acordo com a gestão municipal, a suspensão do acordo visa garantir um tempo adequado para que a comissão avalie os detalhes do contrato. A PepsiCo, até o momento, não se pronunciou sobre a decisão.