A Prefeitura de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (23), o início de processos para a rescisão dos contratos com as empresas de ônibus Transwolff e UPBus, que estão sendo investigadas por envolvimento com crimes organizados. A decisão foi tomada após uma reunião entre diversos órgãos municipais, como a Secretaria da Fazenda e a SPTrans, e as empresas terão 15 dias úteis para se manifestar sobre a medida. A administração municipal garantiu que o serviço de transporte público continuará operando sem interrupções, sem prejuízos à população, e com a manutenção de pagamentos a funcionários e fornecedores.
As investigações começaram após a Operação Fim da Linha, deflagrada em abril de 2023 pelo Ministério Público de São Paulo, que identificou as empresas como intermediárias em esquemas de lavagem de dinheiro. Segundo as apurações, as empresas estariam envolvidas com uma organização criminosa que utiliza o transporte público para movimentar recursos ilícitos. Durante fiscalizações, a Prefeitura constatou irregularidades financeiras e operacionais, além da necessidade de melhorias nas condições dos serviços prestados, incluindo infraestrutura e manutenção de veículos.
Atualmente, a Transwolff e a UPBus atendem juntas mais de 650 mil passageiros por dia, em áreas da zona sul e zona leste de São Paulo, operando centenas de linhas. Desde a intervenção municipal em abril, as empresas estão sob monitoramento constante, com a Prefeitura cuidando da gestão dos serviços enquanto as investigações continuam. A decisão de romper os contratos reflete o compromisso da administração em garantir a integridade e a transparência nos serviços públicos, enquanto se combate práticas ilegais.