A Prefeitura de São Paulo, sob a gestão de Ricardo Nunes, deu início ao processo de rescisão dos contratos com as concessionárias de transporte público Transwolff e UPBus, conforme anunciado em decreto previsto para publicação no Diário Oficial. Ambas as empresas estavam sob intervenção desde abril, como parte de uma investigação conduzida pelo Ministério Público de São Paulo. Essa apuração apontou irregularidades financeiras e questões ligadas à governança das concessionárias, além de acusações de fraudes tributárias no caso da UPBus.
Após análises realizadas por consultorias e a Fundação Vanzolini, foi identificado um conjunto de inconformidades operacionais e financeiras, levando à recomendação de melhorias em infraestrutura e manutenção de veículos. Apesar de um prazo inicial para contestações, as justificativas apresentadas pelas empresas foram consideradas insatisfatórias. O decreto agora abre um novo período de 15 dias para que as concessionárias apresentem uma defesa adicional antes do rompimento definitivo dos contratos.
A administração municipal assegurou a continuidade dos serviços de transporte sem interrupções, garantindo também o pagamento a funcionários e fornecedores. Atualmente, a Transwolff opera 142 linhas com uma frota de 1.146 veículos, transportando cerca de 583 mil passageiros diariamente, enquanto a UPBus atende 13 linhas com 158 ônibus e um fluxo diário de 73 mil passageiros. Além disso, a prefeitura planeja intensificar auditorias regulares em todas as concessionárias do setor para garantir a qualidade do transporte público na capital.