O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, manifestou-se contra a possível revisão das regras de operação no Aeroporto Santos Dumont, que atualmente limita o número de voos para 6,5 milhões de passageiros por ano. Essa limitação, implementada no início de 2024, obrigou as companhias aéreas a transferirem mais voos para o Aeroporto Internacional do Galeão. Paes apontou que a flexibilização das restrições no Santos Dumont poderia prejudicar não apenas o Galeão e a economia fluminense, mas também gerar impactos ambientais e complicar o trânsito na região central do Rio, perto do terminal.
O governo federal, por meio da Secretaria de Aviação Civil, anunciou que estudaria a flexibilização das regras para 2025. No entanto, Paes se posicionou firmemente contra essa revisão, criticando o lobby de grupos que estariam pressionando pela mudança. O prefeito ainda contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o chefe do Executivo compreende os interesses do Rio e que a migração para o Galeão deve ser mantida para garantir o equilíbrio operacional e econômico da cidade.
Além de Paes, o deputado Pedro Paulo também se manifestou contra a proposta, ressaltando que qualquer alteração nas normas afetaria a viabilidade do Galeão como aeroporto internacional. Ele defendeu que a manutenção das atuais restrições é crucial para a estratégia econômica do Rio e do Brasil, considerando o impacto das mudanças na infraestrutura local e nos acordos feitos com o governo federal. A discussão sobre as regras de operação do Santos Dumont segue como um ponto de tensão entre autoridades locais e federais.