O mercado de carros populares no Brasil tem enfrentado uma crescente escassez de opções acessíveis, com poucas alternativas abaixo da faixa de R$ 80 mil. Modelos como o Renault Kwid, que custava cerca de R$ 34.990 em 2017, tiveram um aumento expressivo de preço, ultrapassando os R$ 80 mil em suas versões mais equipadas. A versão de entrada do Kwid Zen, por exemplo, passou de R$ 74.590 para R$ 76.090 na linha 2025, enquanto outras versões chegaram a ultrapassar os R$ 80 mil, um reflexo do aumento do dólar e dos custos de produção, que envolvem componentes importados.
Além do Kwid, o Fiat Mobi também enfrenta aumento de preços, com sua versão mais barata, o Mobi Like, subindo para R$ 74.990. Embora o Mobi seja ligeiramente mais acessível e ofereça uma lista de equipamentos mais completa, como central multimídia e controle de estabilidade, o Kwid se destaca no espaço do porta-malas, oferecendo 290 litros, contra 200 litros no Mobi. No entanto, ambos os modelos compartilham a motorização 1.0 e câmbio manual de cinco marchas, oferecendo desempenho semelhante.
O aumento de preços e a escassez de opções acessíveis têm impactado o mercado de carros populares no Brasil. De acordo com dados de vendas, o Fiat Mobi lidera o segmento, com mais de 61 mil unidades vendidas nos primeiros 11 meses de 2024, superando o Renault Kwid, que registrou 50 mil unidades comercializadas. A tendência é que, com menos opções de carros de baixo custo, os consumidores busquem alternativas no mercado de seminovos ou optem por modelos mais caros, refletindo as mudanças no cenário econômico e automobilístico do país.