Os preços do petróleo registraram uma queda de cerca de 3% em 2024, marcando o segundo ano consecutivo de retração. Essa diminuição foi impulsionada pela desaceleração da demanda global após a recuperação da pandemia, além das dificuldades enfrentadas pela economia chinesa e pelo aumento da produção de petróleo por países não pertencentes à Opep, como os Estados Unidos. Em um cenário de oferta abundante no mercado, o petróleo Brent fechou o ano com preço inferior a US$ 75 por barril, enquanto o WTI manteve estabilidade em relação a 2023.
Os preços do petróleo, que estavam elevados devido a choques de oferta como o conflito na Ucrânia, sofreram ajustes ao longo de 2024, com os contratos futuros do Brent, por exemplo, chegando a ser negociados abaixo dos US$ 70 por barril em setembro. A expectativa para 2025 é de que o preço se mantenha em torno de US$ 70, influenciado pela fraca demanda chinesa e o aumento da produção global, o que deverá pesar mais do que os esforços da Opep+ para estabilizar o mercado.
Além disso, a produção de petróleo nos Estados Unidos atingiu recordes em outubro de 2024, com 13,46 milhões de barris por dia, impulsionada por uma demanda crescente no país. Esse aumento na oferta, aliado à perspectiva de um mercado global superabastecido, levou a Agência Internacional de Energia (IEA) a revisar suas previsões de crescimento da demanda para os próximos anos, sugerindo que o mercado de petróleo poderá entrar em 2025 com um superávit, mesmo diante das ações da Opep+ para limitar a produção.