O ouro fechou em queda nesta sexta-feira, encerrando a semana com um recuo de 0,50%, em meio à baixa liquidez típica do fim do ano e à expectativa do mercado por novas direções econômicas em 2025. O contrato para fevereiro caiu 0,83%, negociado a US$ 2.631,90 por onça-troy, pressionado por incertezas sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed). A perspectiva de manutenção de juros elevados por mais tempo reduz a atratividade dos metais preciosos, que não oferecem rendimento.
Embora os cortes significativos nas taxas de juros esperados pelo mercado para 2024 não se concretizem, a demanda por ouro segue sustentada pelo apelo como ativo seguro em meio às crescentes tensões geopolíticas. Analistas destacam os conflitos no Oriente Médio, a guerra prolongada entre Rússia e Ucrânia e as tensas relações entre EUA e China como fatores que contribuem para o suporte aos preços da commodity.
Para o futuro, o Goldman Sachs projeta um aumento no preço do ouro, que pode atingir US$ 3.000 por onça-troy até 2025. Essa previsão baseia-se no potencial aumento de preocupações com a sustentabilidade fiscal dos EUA e no papel do metal precioso como proteção contra a inflação e riscos geopolíticos.