O presidente francês Emmanuel Macron garantiu em pronunciamento na TV que permanecerá no cargo até o fim de seu mandato de cinco anos, apesar do voto de desconfiança do parlamento contra o primeiro-ministro Michel Barnier. Esta decisão impõe a necessidade de Macron nomear um novo chefe de governo e formar uma coalizão para garantir estabilidade política. A França enfrenta dificuldades econômicas, com uma dívida pública superior a 110% do PIB, além dos impactos da pandemia e da guerra na Ucrânia, que afetaram o orçamento e aumentaram os preços da energia.
A situação política da França reflete um cenário mais amplo na Europa, onde a Alemanha também vive uma crise de governabilidade. Em novembro, a coalizão que sustentava o chanceler Olaf Scholz se desfez, levando à convocação de novas eleições. A fragmentação partidária e a ascensão da extrema direita geram incertezas, enquanto o país enfrenta uma estagnação econômica, com o PIB estagnado há três anos e uma queda significativa na produção industrial.
Ambos os países, com economias chave no continente, enfrentam desafios semelhantes: uma crise política que dificulta a implementação de respostas eficazes às dificuldades econômicas. A crise de governabilidade, aliada à desaceleração econômica, coloca em risco a recuperação da região, especialmente em um contexto de aumento da dívida pública e incertezas globais.