Em 2020, um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) indicava graves danos estruturais na ponte Juscelino Kubitschek, que conecta os estados do Tocantins e Maranhão. O estudo revelou fissuras em 14 dos 16 pilares, falhas nas fundações e inclinações nos reforços, além de um nível de deterioração avançado da estrutura. Apesar dessas constatações, o relatório não sugeria risco iminente de colapso. Contudo, a ponte recebeu uma classificação de “ruim” em um índice de conservação, o que levava a estrutura a um estado de vulnerabilidade crescente.
Quatro anos após a vistoria, em 2024, o Dnit lançou um edital para reabilitação da ponte, com um orçamento estimado de R$ 13,3 milhões. Contudo, não houve interessados na licitação. Em maio deste ano, o órgão apontou problemas como vibrações excessivas e desgaste das estruturas e pavimento, ressaltando a necessidade urgente de intervenções. Embora a manutenção tenha sido realizada em outras áreas do Tocantins entre 2021 e 2023, o Dnit não especificou quais reparos foram feitos na ponte JK.
Após o colapso da ponte em 22 de dezembro de 2024, o Dnit anunciou planos de reconstrução da estrutura, com previsão de investimentos entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões. A primeira etapa será a demolição do que restou da ponte, que ocorrerá sob regime de emergência. A tragédia foi precedida por sinais claros de deterioração, como buracos, ferragens expostas e instabilidade visível, que foram observados tanto por moradores locais quanto por autoridades.