As buscas pelas vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), já duram quatro dias. O acidente, ocorrido no domingo (22), envolveu a queda de caminhões, carros e motocicletas no rio Tocantins, deixando pelo menos quatro mortos e mais de 10 pessoas desaparecidas. A estrutura da ponte, que também transportava cargas perigosas como ácido sulfúrico e defensivos agrícolas, afeta diretamente a segurança local e a qualidade da água, com temores entre comunidades indígenas. Além disso, a interdição da rodovia BR-226, um dos principais corredores de transporte entre os estados do Tocantins e Maranhão, resultou em severos impactos no comércio e na logística de mercadorias, especialmente durante o período de alta demanda do Natal.
O acidente gerou transtornos no transporte de produtos, com escassez de itens essenciais, como verduras, afetando comerciantes da região. O impacto econômico também se estende ao aumento dos preços dos fertilizantes, que dependem da rota interrompida para chegar ao Porto do Itaqui, no Maranhão. O governo federal já anunciou a reconstrução da ponte, com previsão de conclusão em até um ano e investimentos que podem chegar a R$ 150 milhões. A situação foi classificada como emergência, facilitando a implementação das medidas necessárias para a recuperação da infraestrutura e a realização de novos estudos sobre a segurança da ponte.
Em resposta ao desastre, a Polícia Federal investiga as causas do colapso da estrutura, enquanto as autoridades locais tentam contornar os impactos econômicos e sociais. Desvios temporários foram indicados pela PRF para minimizar o tráfego entre os estados. A reconstrução da ponte e as medidas de segurança viária são consideradas essenciais para a normalização do transporte e para a prevenção de futuros acidentes em uma das rotas mais movimentadas do Centro-Oeste e Norte do Brasil.