As torres livres de poluição da Índia, conhecidas como smog, têm falhado em reduzir a poluição atmosférica, mesmo após mais de um ano de implementação. A ideia era combater as partículas tóxicas no ar e proporcionar um ambiente mais saudável, mas especialistas indicam que essas soluções não estão cumprindo o objetivo de diminuir o impacto das ondas de poluição que afetam gravemente a saúde da população. Em novembro, a medição da poluição atingiu níveis alarmantes, mais de cem vezes superiores aos limites seguros definidos pela Organização Mundial da Saúde.
Além das torres smog, o governo de Delhi tem investido em drones para monitoramento de áreas críticas e em veículos anti-smog equipados com canhões de água para tentar dispersar as partículas poluentes. Outras iniciativas incluem a transição para indústrias de combustível limpo, o fechamento de fábricas de carvão e a expansão do transporte público, especialmente do metrô. No entanto, autoridades locais reconhecem que tais medidas, embora importantes, são insuficientes sem ações mais abrangentes.
Especialistas em gestão ambiental alertam que é necessário um esforço em larga escala para enfrentar a crise da poluição, como o que foi feito em outros países, como a China e o México. De acordo com Arvind Nautiyal, porta-voz da Comissão de Gestão da Qualidade do Ar, as políticas focam na redução da poluição nas fontes, como a queima de restolho agrícola e a substituição de veículos mais poluentes. No entanto, ele ressalta que a Índia precisa equilibrar as necessidades de saúde pública com os desafios de uma economia em desenvolvimento.