O Polo Industrial de Manaus (PIM) está projetando um faturamento recorde de R$ 202,6 bilhões em 2024, representando um crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior, conforme estimativas da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). A entidade destaca que até outubro, o faturamento acumulado já havia superado R$ 170 bilhões, evidenciando o desempenho positivo da região, apesar dos desafios impostos pelas secas históricas e questões logísticas enfrentadas ao longo do ano.
Além do aumento nas receitas, a Fieam também observa avanços em outras áreas, como o mercado de trabalho, com uma alta de 7,77% nas contratações no PIM. As exportações também apresentaram crescimento expressivo, com um aumento de 29,41% em valores totais, atingindo R$ 3,5 bilhões, e 19,93% em dólares. Esse desempenho reflete a resiliência da indústria local, que conseguiu superar dificuldades climáticas e logísticas, além de se beneficiar das reformas tributárias aprovadas no Brasil.
No entanto, as medidas da reforma tributária que afetam a Zona Franca de Manaus, como a redução da alíquota da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e os benefícios à indústria de refino de petróleo, geraram críticas de outros setores industriais do país. O Comitê Nacional de Secretários de Fazenda (Comsefaz) advertiu que a proposta pode resultar em uma perda de receita anual para estados e municípios que pode chegar até R$ 3,5 bilhões, o que levanta preocupações sobre o impacto na competitividade das empresas fora da região.