Vinicius de Lima Britto, um policial militar, foi reprovado inicialmente no concurso para a PM em 2021 devido a resultados negativos na avaliação psicológica, que apontaram descontrole emocional e impulsividade. Apesar disso, ele foi aprovado em um segundo concurso em 2022, sem explicações claras sobre a mudança em sua qualificação. Durante a primeira avaliação, a comissão técnica considerou que ele não apresentava as habilidades necessárias para lidar com situações de estresse, fundamentais para a função policial. O pedido de Vinicius para anular a reprovação foi negado pela Justiça, que ratificou o parecer dos avaliadores, considerando-o inapto para a função naquele momento.
Em novembro de 2023, o policial esteve envolvido em um episódio que resultou na morte de Gabriel Renan Soares, um jovem de 26 anos, no estacionamento de um mercado em São Paulo. Vinicius, de folga, alegou legítima defesa ao afirmar que o jovem estava armado e tentou reagir à abordagem. No entanto, as imagens de câmeras de segurança mostraram o jovem tentando fugir, sendo atingido pelas costas com 11 disparos. O caso gerou controvérsia, levantando questões sobre o uso excessivo de força em uma situação de furto.
Além desse episódio, Vinicius é investigado pela morte de dois homens em São Vicente, no litoral paulista, em dezembro de 2023. O policial e um colega alegaram ter agido em legítima defesa durante uma tentativa de assalto. As vítimas, com antecedentes criminais, foram baleadas em uma troca de tiros. O caso segue em apuração, mas levanta novamente o debate sobre a conduta de policiais em situações de confronto, especialmente em cenários de alegada legítima defesa.