Um policial militar de São Paulo, que se envolveu em um incidente onde disparou 11 tiros contra um homem em uma tentativa de furto, havia sido reprovado anteriormente em um exame psicológico de ingresso na corporação. O exame apontou características de impulsividade e instabilidade emocional, sugerindo uma tendência a agir de forma imprevisível e sem reflexão diante de situações inesperadas. Apesar dessa reprovação, o policial contestou a decisão judicialmente e foi aprovado em uma nova tentativa em 2022.
O episódio em questão ocorreu quando o policial, de folga e fazendo compras, presenciou uma tentativa de furto no mercado. Após o suspeito tentar fugir com pacotes de sabão, o policial disparou vários tiros, alegando que acreditava que o homem estivesse armado. A ação gerou questionamentos sobre a quantidade de disparos, já que o suspeito não reagiu conforme as imagens das câmeras de segurança. O caso está sendo investigado, e o policial permanece afastado das ruas.
A situação levantou debates sobre a validade do exame psicológico para ingresso na polícia. Especialistas sugerem que candidatos reprovados nesse exame devem comprovar que passaram por tratamento psicológico antes de uma nova candidatura, com o intuito de garantir que possuam estabilidade emocional para exercer funções de alto risco. A Polícia Militar de São Paulo afirmou que discute a implementação de medidas para aprimorar esse processo de seleção.