O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou um investigador e um delegado da Polícia Civil por suspeita de corrupção passiva, envolvendo cobranças de propina relacionadas a investigações de rifas ilegais promovidas por influenciadores digitais. A denúncia é resultado da Operação Latus Actio II, conduzida em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), a Polícia Federal e a Corregedoria da Polícia Civil. Os policiais teriam solicitado vantagens financeiras em troca do arquivamento de inquéritos no 6º Distrito Policial de Santo André.
A operação revelou que artistas e influenciadores utilizavam suas redes sociais, principalmente o Instagram, para divulgar rifas, configuradas como jogos de azar proibidos pelo Ministério da Fazenda. Temendo prejuízos financeiros e o bloqueio de seus perfis, alguns desses indivíduos teriam concordado em pagar propinas aos policiais para evitar o avanço das investigações. Joias, relógios e outros itens de valor foram apreendidos durante os mandados de busca e apreensão relacionados ao caso.
Além disso, o MPSP solicitou ao Juizado Especial Criminal que os artistas envolvidos nas rifas ilegais respondam por contravenção penal. O caso levanta discussões sobre a exploração de jogos de azar nas redes sociais e o papel das autoridades no combate à corrupção, ressaltando a necessidade de maior fiscalização e transparência nas investigações relacionadas a crimes digitais e financeiros.