Uma operação conjunta da Polícia Militar, Polícia Civil e Ministério Público no Complexo da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou quatro feridos nesta terça-feira (3). A ação, conhecida como Operação Torniquete, teve como objetivo cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra traficantes envolvidos em crimes como roubos de veículos e de cargas, que financiam atividades criminosas. A polícia afirmou que a operação visa enfraquecer a liderança do Comando Vermelho, especialmente na disputa por territórios e no controle de operações criminosas na região.
Durante a operação, houve um confronto armado que resultou em três pessoas feridas, sendo que uma delas está em estado grave. As vítimas foram levadas ao Hospital Estadual Getúlio Vargas. Além disso, a Secretaria Municipal de Educação informou que 16 unidades escolares no Complexo da Penha foram afetadas pela ação, com aulas suspensas e impacto na rotina dos moradores. A operação também causou interrupção no transporte público, com desvio de itinerários de várias linhas de ônibus da região.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) manifestou preocupação com os impactos negativos da operação nas comunidades locais. A comissão destacou que, embora o combate ao crime seja essencial, é necessário que as ações policiais respeitem as garantias constitucionais e não resultem em prejuízos à população, como o fechamento de escolas e postos de saúde e a interrupção do transporte público. O órgão também cobrou maior transparência nas operações e a adoção de medidas que garantam a segurança da população sem causar danos desproporcionais à comunidade.