Nesta terça-feira (17), a Polícia Militar iniciou uma grande operação na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, com o objetivo de cumprir 34 mandados de prisão. Os alvos incluem criminosos foragidos de outros estados, como Ceará e Goiás, conforme informou o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que também participa da ação. Mais de 400 policiais militares estão envolvidos, com a participação de unidades especializadas, como o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Batalhão de Ação com Cães e o Grupamento Aeromóvel (GAM). Além dos mandados de prisão, a operação também visa cumprir nove mandados de busca e apreensão.
Durante a operação, foi registrada a morte de um homem, identificado como Vitor dos Santos Lima, que, segundo seu advogado, não teria resistido à abordagem policial. De acordo com o advogado, Vitor estava em processo de reintegração social, com o objetivo de retomar seus estudos e conseguir um emprego. O incidente gerou questionamentos sobre a conduta dos policiais e levantou dúvidas sobre a utilização de câmeras corporais durante a ação, uma vez que, segundo relatos, alguns agentes não estavam utilizando os dispositivos de filmagem.
A Polícia Militar, por meio de sua porta-voz, tenente-coronel Claudia Moraes, informou que ainda não possui informações detalhadas sobre a denúncia envolvendo a morte de Vitor e o uso de câmeras corporais. A corporação se comprometeu a investigar o caso e repassar informações assim que forem obtidas. A operação gerou uma série de discussões sobre a atuação policial nas comunidades e as medidas de segurança adotadas durante este tipo de ação.