A Polícia Federal está investigando o uso indevido de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente políticos, autoridades e jornalistas durante o governo anterior. O caso é parte de uma investigação mais ampla, que busca apurar a criação de uma chamada “Abin paralela”, a qual teria sido usada para fins políticos e antidemocráticos. A PF solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o compartilhamento de informações entre esse inquérito e a apuração sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.
O inquérito sobre o uso da Abin paralela investiga a possível atuação de servidores da agência que teriam facilitado a disseminação de informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Além disso, a investigação aponta que esses servidores poderiam ter assessorado o ex-presidente com estratégias para atacar as instituições democráticas e membros do Poder Judiciário, ampliando as tensões políticas que marcaram o período.
A solicitação para compartilhar informações foi feita pelo delegado Fabio Shor, responsável por investigações que envolvem ações do ex-presidente. A Polícia Federal acredita haver uma conexão entre os dois casos, especialmente no que diz respeito aos esforços para desestabilizar o processo democrático e comprometer as estruturas do Estado.