A Polícia Civil está investigando um suposto esquema financeiro envolvendo o contrato de patrocínio do Ceará com uma empresa de apostas, firmado e posteriormente rompido em 2023. De acordo com as investigações, o clube teria utilizado esse acordo para emitir notas fiscais falsas, gerando um total de R$ 45 milhões em transações que, após serem canceladas, serviam como lastro para obter adiantamentos de valores não previstos no contrato. O contrato com a empresa foi encerrado após quatro meses, quando a patrocinadora alegou irregularidades nas operações financeiras do clube.
O presidente do Ceará, João Paulo Silva, e outras oito pessoas estão sendo investigados por suspeitas de formação de quadrilha, apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Em uma entrevista recente, o presidente admitiu ter emitido as notas fiscais, mas negou qualquer irregularidade nas práticas adotadas. O esquema envolvia a emissão de notas que eram canceladas pouco após a sua geração, permitindo que o clube obtivesse empréstimos de fundos de investimento, utilizando essas notas como garantia, mesmo sem ter direito aos valores que constavam nelas.
Além disso, Silva se manifestou publicamente nas redes sociais, alegando que documentos falsificados poderiam estar sendo utilizados para sustentar as investigações. Ele também mencionou que, apesar de ter sido procurado por jornalistas sobre o caso, ainda não teve acesso completo ao inquérito, que está sob segredo de justiça. O clube, que recentemente conquistou o título cearense e garantiu seu retorno à primeira divisão do Campeonato Brasileiro, segue enfrentando desafios relacionados às acusações, enquanto as investigações continuam.