A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga um grupo de Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por supostos crimes envolvendo tortura psicológica, estelionato, curandeirismo e manipulação financeira. A investigação aponta que integrantes de uma seita liderada por um homem de 69 anos, autointitulado guru espiritual, usavam práticas coercitivas para controlar os membros e arrecadar grandes quantias financeiras. Os seguidores eram levados a pagar pacotes de imersão que variavam de R$ 8 mil a R$ 12 mil, além de mensalidades para viver nas dependências da comunidade.
Recentemente, a Justiça determinou medidas cautelares para a filha do líder da seita e outras duas pessoas ligadas ao grupo. As medidas incluem a proibição de aproximação das vítimas e o uso de tornozeleiras eletrônicas. A investigação ainda apura o desvio de recursos financeiros, com suspeitas de que o líder do grupo teria usado doações dos seguidores para financiar viagens de luxo e atividades de jogo online. Além disso, a Polícia Civil bloqueou contas bancárias associadas ao grupo, enquanto segue a busca por mais provas.
O caso, que envolve alegações de abuso psicológico e manipulação financeira, tem gerado repercussão na mídia local. A Polícia Civil realizou uma operação na comunidade na semana passada, mas até o momento não houve prisões. O advogado de defesa do líder da seita afirmou que as alegações contra seu cliente são infundadas, e que ele se colocará à disposição da justiça para esclarecer os fatos. A investigação continua em andamento para elucidar a extensão dos crimes cometidos e o impacto sobre as vítimas envolvidas.