A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo iniciaram nesta terça-feira (17) a oitiva de 11 pessoas presas na segunda fase da Operação Carcará, que investiga uma quadrilha envolvida em assaltos a carros-fortes no estado. Os suspeitos são investigados por participação direta ou indireta no assalto a uma empresa de valores ocorrido em 9 de setembro, na Rodovia Cândido Portinari, na região de Franca (SP), além de uma troca de tiros que resultou na morte de um policial e três criminosos dois dias depois, em Altinópolis (SP). A operação revelou uma estrutura criminosa altamente planejada, com o uso de armas pesadas, coletes balísticos e fuzis.
Durante a investigação, foram coletadas evidências de que o ataque à empresa de valores foi planejado com meses de antecedência. Os criminosos realizaram diligências na região e utilizaram equipamentos sofisticados, como satélites e interceptações telefônicas, para organizar tanto o ataque quanto a logística das armas. A apreensão de R$ 900 mil em espécie, veículos de alto valor e outros materiais durante a operação reforça a magnitude da ação criminosa e os recursos envolvidos. A polícia busca agora identificar outras pessoas envolvidas no esquema, incluindo aqueles que ofereceram apoio logístico, como no caso da fuga e atendimento médico de um dos suspeitos.
A segunda fase da operação também revelou um envolvimento em diversas cidades do interior de São Paulo, com a utilização de uma rede de apoio para garantir o transporte de membros da quadrilha sem levantar suspeitas. Entre os alvos da operação estão pessoas que ajudaram a despistar o transporte de suspeitos e facilitaram a fuga após os crimes. A investigação segue em andamento, com a polícia esperando novos depoimentos que possam levar à prisão de outros membros da organização criminosa.