Manuela e Antônia Pereira, gêmeas de seis anos, foram encontradas mortas em Igrejinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, em outubro de 2024, em um intervalo de oito dias. A mãe das meninas, Gisele Beatriz Dias, foi indiciada por dois feminicídios, com a suspeita de envenenamento como causa das mortes. Inicialmente, os médicos não encontraram sinais claros de violência, o que levou as autoridades a investigar possíveis causas químicas, incluindo a mistura de remédios na alimentação da família e o misterioso falecimento de três gatos das crianças. Durante o processo, a mãe foi presa temporariamente e negou as acusações.
As investigações revelaram um histórico de problemas de saúde na família e diferentes períodos em que as meninas estiveram sob a guarda de terceiros, como os avós maternos, quando a mãe enfrentava dificuldades pessoais. A polícia também descobriu que Gisele havia sido internada na ala psiquiátrica pouco antes das mortes, o que levantou ainda mais desconfiança sobre sua possível responsabilidade nas tragédias. No decorrer do inquérito, surgiram depoimentos de pessoas próximas, incluindo o pai das meninas, que manifestou seu sofrimento diante dos acontecimentos e da possível culpa da mãe.
Em 11 de dezembro, a Polícia Civil concluiu o inquérito, que contava com quase duas mil páginas, e o remeteu ao Judiciário, embora algumas perícias ainda estivessem pendentes. Apesar da falta de conclusões definitivas sobre as causas das mortes, a prisão preventiva de Gisele foi mantida, e a investigação segue em andamento. O caso continua sendo amplamente investigado, com o objetivo de esclarecer o que levou à morte das duas meninas em circunstâncias tão misteriosas.