A Polícia Civil investiga um incidente de racismo ocorrido em uma escola particular de Feira de Santana, na Bahia, envolvendo um menino de seis anos. O caso veio à tona após a mãe da criança, uma profissional da saúde, relatar nas redes sociais que o filho havia sido agredido e insultado por uma mulher, que associou sua aparência à expressão “escurinhos todos se parecem”. O menino teria sido abordado por essa mulher, que o acusou de ter perdido um brinquedo, mesmo o garoto explicando que o objeto havia sido encontrado por outro aluno e depositado nos achados e perdidos. Após a denúncia, a escola comunicou que tomou medidas para ouvir as famílias envolvidas, mas a mãe da vítima afirma que não houve ação eficaz por parte da instituição.
Além do caso de racismo, a escola já havia sido alvo de outra denúncia de discriminação em maio, quando um casal de mães de uma criança com Transtorno do Espectro Autista (TEA) relatou ter sido vítima de homofobia ao serem impedidas de participar de um evento escolar. As duas situações levantaram questionamentos sobre a postura da escola em relação a atitudes discriminatórias e o tratamento de questões sensíveis envolvendo preconceitos. Em ambas as ocorrências, as respostas da instituição foram recebidas com críticas, especialmente por famílias que alegam que a escola minimizou os incidentes.
Em resposta às acusações, a escola emitiu uma nota pública, destacando que todas as medidas possíveis foram adotadas para tratar o incidente de forma séria e garantir a segurança e bem-estar dos alunos. A instituição afirmou que não compactua com qualquer tipo de discriminação e negou a alegação de omissão. A investigação policial segue em andamento, com a expectativa de que a suspeita seja interrogada em breve.