A Polícia Civil de Bauru (SP) está investigando o assassinato da ex-secretária executiva de uma instituição local e um esquema de desvios de recursos envolvendo a mesma organização. A vítima, que desapareceu em agosto de 2024, foi supostamente assassinada em seu local de trabalho, com indícios apontando para o envolvimento de antigos membros da instituição. O caso ganhou novos contornos com a revelação de uma gravação telefônica entre dois suspeitos, que teria sido feita dias após o desaparecimento, sugerindo uma possível ocultação do corpo. A polícia, com base nas evidências, acredita que a vítima tenha sido morta e que seu corpo tenha sido incinerado em uma área rural.
Além do assassinato, investigações paralelas revelaram um esquema de corrupção envolvendo desvio de milhões de reais. Documentos e áudios encontrados durante as apurações indicam superfaturamento de contratos, pagamentos a funcionários fantasmas e outras irregularidades financeiras. As autoridades descobriram que, além de desviar recursos públicos, os envolvidos movimentaram somas consideráveis de dinheiro de maneira ilícita, incluindo transferências diretamente para os investigados. O caso trouxe à tona um complexo esquema de fraude envolvendo membros da instituição, que tinham uma relação estreita com a vítima.
A investigação sobre os desvios culminou em uma operação que resultou na prisão de diversas pessoas, incluindo familiares e ex-colaboradores da instituição. A polícia estima que mais de R$ 6,8 milhões foram movimentados de forma irregular pelas partes envolvidas. A Justiça prorrogou as prisões preventivas dos acusados, que agora enfrentam uma série de acusações, tanto pelo assassinato quanto pela participação em um esquema de corrupção sistêmica dentro da entidade.