Um homem de 34 anos denunciou agressões físicas por parte de policiais militares enquanto passeava com seus gatos em um bairro de Santos, no litoral de São Paulo. O incidente ocorreu durante a madrugada, no estacionamento de uma farmácia, após o disparo do alarme do estabelecimento. O homem alega ter sido empurrado, socado e arrastado até uma viatura, sem saber o motivo da abordagem. Ele afirmou suspeitar de racismo, destacando que, por ser negro e estar em uma região considerada nobre da cidade, teria sido alvo de suspeitas infundadas.
Os policiais, por sua vez, registraram uma versão diferente do ocorrido. Segundo o boletim de ocorrência, o homem teria se recusado a obedecer a ordens iniciais e, ao questionar a abordagem, foi agredido com um tapa. Os agentes alegaram que precisaram contê-lo para evitar uma fuga, pois o homem teria tentado recolher seus pertences durante a abordagem. A denúncia inclui ainda que, após ser levado à delegacia e à Unidade de Pronto Atendimento, o homem não recebeu o atendimento médico adequado, o que gerou mais controvérsia em relação à conduta policial.
O caso gerou repercussão, com a defesa do homem buscando provas de câmeras de segurança para comprovar a alegação de abuso. A Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Militar de São Paulo abriram investigações sobre o incidente, enquanto a Prefeitura de Santos também se posicionou, afirmando que a apuração sobre o atendimento médico cabe a outra instância. A defesa do homem pretende buscar responsabilização pelos supostos excessos e pela alegada violência policial.