Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, expressou preocupação com as investigações da Polícia Federal (PF) envolvendo parlamentares. As ações foram direcionadas a críticas feitas por deputados a um delegado da PF, que resultaram em indiciamentos por calúnia e difamação. Lira destacou a importância da imunidade parlamentar para garantir a liberdade de expressão dos deputados durante o exercício de seus mandatos, alertando para os riscos de censura e limitações no plenário. Ele argumentou que, sem essa proteção, a atividade legislativa estaria vulnerável a pressões externas.
Em resposta, o diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que as críticas de Lira não afetam o trabalho da polícia nas investigações. Durante um evento com jornalistas, Rodrigues reforçou que a imunidade parlamentar não deve ser usada como justificativa para a prática de crimes. Ele destacou o respeito da PF à Câmara dos Deputados e a importância de manter a independência das investigações.
A situação gerou um intenso debate sobre os limites da imunidade parlamentar e o papel da Polícia Federal nas investigações de possíveis crimes cometidos por políticos. A discussão continua em andamento, com as autoridades reafirmando a necessidade de uma atuação equilibrada, que respeite as prerrogativas dos parlamentares, mas também assegure a responsabilização por eventuais abusos.