O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, respondeu nesta quarta-feira, 4, às críticas feitas pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre os inquéritos abertos para investigar possíveis crimes cometidos por parlamentares. Durante um café da manhã com jornalistas, Rodrigues afirmou que as reclamações não irão interferir nas investigações da corporação, que seguem de acordo com a Constituição e a lei. A posição foi uma resposta direta ao protesto de Lira, que se opôs ao indiciamento de alguns deputados, alegando que isso afetaria a liberdade de expressão no Parlamento.
A controvérsia envolve, principalmente, os indiciamentos de dois deputados que criticaram a atuação da PF. Um dos parlamentares acusou um delegado da corporação de abuso de autoridade e manipulação de relatórios em investigações anteriores. Lira também se posicionou contra o indiciamento de parlamentares por declarações feitas no exercício do mandato, defendendo a imunidade parlamentar como garantia do direito ao debate e à crítica. Por sua vez, Rodrigues enfatizou que a imunidade não é um direito absoluto e que é necessário separar a liberdade de expressão do cometimento de crimes.
Rodrigues também abordou as investigações em andamento sobre a tentativa de golpe de estado no final de 2022. Ele informou que a PF tem realizado novas buscas e apreensões, além de agendar depoimentos para esclarecer mais detalhes do caso. O diretor da Polícia Federal reiterou o compromisso da corporação com o cumprimento das leis e a manutenção da ordem jurídica, destacando que a PF agirá conforme os parâmetros legais, independentemente das pressões externas.