Na terça-feira (17), uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MP) resultou na prisão de várias pessoas envolvidas em um esquema de corrupção policial em São Paulo. A investigação apura a atuação de policiais civis em colaboração com organizações criminosas, incluindo a facilitação da lavagem de dinheiro e a venda de proteção a criminosos. A operação, chamada de Tacitus, também busca desmantelar uma rede de manipulação e vazamento de investigações, que permitia o financiamento ilícito de facções criminosas, como o PCC.
Entre os envolvidos, destaca-se a prisão de um delegado da Polícia Civil, acusado de extorsão por um empresário que, antes de ser assassinado, denunciou a cobrança de propinas para que não fosse responsabilizado por assassinatos atribuídos à facção criminosa. Segundo investigações, o delegado e outros policiais cobraram dinheiro do empresário para não implicá-lo nos homicídios. Após a delação do empresário, os envolvidos foram identificados pela PF, que deu início à operação para prender os suspeitos e realizar buscas em diversos endereços.
A operação também identificou suspeitos de manipular investigações, desviar bens apreendidos e facilitar a compra de imóveis através de empresas de fachada, todos com vínculo com o PCC. A Justiça determinou prisões temporárias e o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, que podem enfrentar penas de até 30 anos de prisão. O caso está em andamento, e mais detalhes devem ser revelados à medida que as investigações continuam.