No final de dezembro, um militar foi preso pela Polícia Federal sob a acusação de envolvimento em um plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023. A Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou que a prisão preventiva do acusado, um general da reserva, é legal e necessária para garantir a continuidade das investigações. A PGR se manifestou contra o pedido de liberdade do militar, afirmando que sua detenção está fundamentada em evidências de um planejamento que envolvia ações ilegais com militares e tinha como alvo figuras do governo eleito, incluindo o presidente e o vice-presidente.
O plano, segundo as investigações da Polícia Federal, incluía a execução de um atentado contra líderes políticos, além de outras ações visando desestabilizar o processo democrático. A principal acusação é que o militar esteve envolvido na elaboração de um documento detalhado, criado em novembro de 2022, com estratégias para capturar e até assassinar autoridades, incluindo o presidente eleito. O documento, com características de um plano terrorista, foi descrito pela PF como uma tentativa de violentar o processo eleitoral e comprometer a democracia no Brasil.
A prisão preventiva foi justificada pela PGR como uma medida essencial para proteger a integridade das investigações e impedir novos riscos à ordem pública. Além disso, o militar teria participado de reuniões com outras autoridades, nas quais foram discutidas alternativas para reverter os resultados das eleições de 2022, defendendo ações drásticas antes do pleito. O Supremo Tribunal Federal (STF) agora precisa decidir se mantém a prisão ou acolhe o pedido de liberdade formulado pela defesa do acusado.