O general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil no governo anterior, foi preso pela Polícia Federal no Rio de Janeiro, em operação autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A prisão é parte de uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado que teria ocorrido em 2022. Segundo a PF, Braga Netto é suspeito de obstruir as investigações relacionadas ao caso, ao tentar interferir na apuração e dificultar a produção de provas. Além disso, a polícia revelou que ele teria tido um papel ativo no planejamento e financiamento das ações ilícitas associadas ao golpe.
A prisão gerou reações polarizadas entre aliados do governo atual e opositores. Parlamentares da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacaram que a ação reforça a solidez das instituições democráticas do Brasil. Eles interpretaram a detenção como um avanço no fortalecimento do Estado de Direito. Por outro lado, membros da oposição consideraram a prisão como um ato de perseguição política, com alegações de que a decisão judicial foi tomada de forma precipitada e sem novos elementos que justificassem a medida cautelar.
A defesa de Braga Netto nega as acusações de obstrução e afirmou que o ex-ministro não atuou para dificultar as investigações. Os advogados prometeram apresentar provas de que o general não esteve envolvido em qualquer ação que prejudicasse o andamento do processo. Agora, o caso aguarda a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR), que determinará se haverá uma denúncia formal contra os envolvidos, sendo que o STF terá a responsabilidade de julgar os réus caso o processo avance.