Na manhã do sábado, 14 de outubro, a Polícia Federal prendeu um ex-ministro da Defesa, sob a acusação de obstrução da Justiça. A prisão faz parte de uma série de investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado que ocorreu após as eleições presidenciais de 2022. O caso envolve duas linhas de apuração: uma relacionada aos ataques aos prédios dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, e outra que investiga ações de políticos e aliados do governo anterior, incluindo membros das Forças Armadas. Além da prisão do ex-ministro, outros militares e aliados políticos têm sido detidos, incluindo ex-assessores e figuras-chave da administração passada.
A operação, chamada “Contragolpe”, revelou planos de ações golpistas e culminou em diversas prisões de militares e civis envolvidos na tentativa de desestabilizar o regime democrático. Dentre os presos estão integrantes das Forças Especiais do Exército e um agente da Polícia Federal, todos acusados de planejar e executar atividades contrárias ao Estado Democrático de Direito. As investigações apontam para um esquema que envolvia desde ataques ao sistema eleitoral até a coordenação de manifestações extremistas, com foco na mudança dos resultados das eleições e a anulação de mandatos, incluindo a prisão de autoridades judiciais.
Além disso, outra operação relevante, a “Tempus Veritatis”, cumpriu mandados de busca e apreensão em fevereiro de 2024, visando identificar e prender aliados do ex-presidente, acusados de envolver-se diretamente na tentativa de golpe. A investigação apontou a participação de militares de alta patente e assessores próximos ao governo, que teriam atuado no planejamento e execução de ações golpistas, incluindo a distribuição de documentos que sugeriam o fechamento de órgãos do poder judiciário e o afastamento de autoridades eleitas. A Polícia Federal segue investigando esses grupos e suas conexões, enquanto os envolvidos enfrentam acusações graves e continuam sob investigação.