A Polícia Federal está conduzindo uma investigação sobre o uso ilegal de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar autoridades, políticos e jornalistas durante o governo anterior. O inquérito está relacionado à chamada “Abin paralela”, em que servidores da agência seriam acusados de disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral e de colaborar em estratégias para desestabilizar instituições democráticas. A investigação também inclui a possível participação de policiais federais em ações que visavam comprometer o Estado Democrático de Direito.
Em uma nova fase da apuração, a Polícia Federal pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o compartilhamento de informações entre essa investigação e o inquérito sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A análise aponta que os envolvidos teriam buscado enfraquecer o Judiciário e outros poderes, com o objetivo de manter o ex-presidente no poder, por meio de um golpe que, segundo as apurações, poderia até envolver a morte de autoridades.
O delegado Fabio Shor, que lidera as investigações, afirma que os fatos podem resultar em responsabilização administrativa e disciplinar para os policiais federais envolvidos. O caso continua a ser monitorado por diferentes instâncias do sistema de justiça, e novas descobertas devem surgir conforme a apuração se desenvolve.