A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação sobre possíveis irregularidades no processamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, com base em uma ordem do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). O foco principal da investigação são os processos internos relacionados à distribuição dessas emendas, incluindo questões sobre a conformidade com as normas regimentais e a transparência no uso desses recursos públicos. A PF alerta para a possibilidade de manipulação do orçamento e intervenção indevida nas emendas de comissão, além de possíveis práticas fraudulentas envolvendo lobistas.
Embora o nome de alguns parlamentares tenha sido mencionado de forma indireta, a investigação não os cita diretamente. A PF se concentra em apurar declarações públicas de membros do Congresso, que sugerem que as emendas podem ter sido distribuídas de maneira irregular, violando procedimentos e orientações constitucionais. Entre as providências imediatas, a polícia intimou alguns deputados e senadores para depor sobre o assunto, com depoimentos previstos para ocorrer a partir de janeiro.
A investigação também vai examinar a possível prática de crimes como peculato, que envolve o desvio de recursos públicos, e desobediência, devido ao aparente descumprimento de decisões do STF. A PF busca entender se houve influências externas não autorizadas no processo de liberação das emendas, o que pode implicar em envolvimento de pessoas fora do âmbito parlamentar. O caso reflete um esforço em garantir maior transparência e responsabilidade na gestão de recursos públicos no Congresso Nacional.