A Polícia Federal está conduzindo a Operação Overclean para investigar um esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos, com indícios de envolvimento de políticos, empresários e agentes públicos. O foco da operação está em contratos suspeitos em diferentes estados, como Bahia, Tocantins, Amapá, Rio de Janeiro e Goiás. As investigações revelam que empresas controladas por um grupo de empresários foram responsáveis por superfaturamento em licitações e movimentação de grandes quantias financeiras por meio de notas fiscais falsas, além de envolvimento com servidores públicos para facilitar contratos e pagamentos de propinas.
Entre os suspeitos estão empresários que, após a fundação de uma empresa em 2017, conseguiram contratos milionários com órgãos públicos. As investigações apontam para o uso de influência política para direcionar licitações e a prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foram fundamentais para identificar as irregularidades em contratos, principalmente no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), e em prefeituras e governos estaduais de diversos municípios.
A operação tem abrangido prisões e apreensões de documentos e materiais, com a identificação de movimentações financeiras suspeitas e destruição de provas. Até o momento, foram cumpridos diversos mandados, e a Polícia Federal acredita que o grupo tenha movimentado mais de R$ 1,4 bilhão, incluindo contratos milionários com o setor público. As autoridades seguem a apuração para identificar o alcance completo da rede de fraudes, enquanto diversos envolvidos já estão sendo processados e investigados.