No sábado, 14, a Polícia Federal (PF) realizou uma operação de busca e apreensão na residência de um assessor próximo a figuras políticas centrais do governo anterior, visando desarticular um possível plano de subversão da ordem democrática. Durante a operação, foi encontrado um manuscrito denominado “operação 142”, que fazia referências à interrupção do processo de transição de governo, à anulação das eleições e a medidas extremas, como a substituição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a preparação de novas eleições.
O relatório da PF detalha que o documento encontrado na residência continha anotações que indicavam uma tentativa de manipulação do artigo 142 da Constituição Federal, usado de maneira distorcida para justificar ações contra a democracia e o Estado de Direito. A investigação aponta que, entre novembro e dezembro de 2022, houve a elaboração de planos que incluíam o uso das Forças Armadas para ações coercitivas, com intenções de desestabilizar o governo recém-eleito, incluindo propostas de assassinatos e prisões de figuras-chave da política nacional.
Além disso, a PF considera a operação um passo fundamental para compreender e desmantelar ações que buscavam minar as instituições democráticas brasileiras. Em resposta às investigações, algumas figuras políticas foram alvo de mandados de prisão preventiva e obstrução de justiça, como parte da estratégia para conter a escalada de práticas ilegais que atentam contra a Constituição e a ordem pública.