A Polícia Federal (PF) está conduzindo uma investigação desde 2022 sobre possíveis desvios de recursos públicos em contratos de saúde firmados entre uma organização social e prefeituras do interior de São Paulo. Recentemente, a PF realizou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão, com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU). A operação visou apreender eletrônicos e documentos de envolvidos, sendo realizada em diversas cidades do estado, incluindo Sorocaba, São João da Boa Vista, e outras localidades da região metropolitana de São Paulo. A investigação se concentra em contratos de R$ 1 milhão com a Prefeitura de São João da Boa Vista, além de transações envolvendo subcontratações e repasses suspeitos.
A operação apura irregularidades em um convênio firmado entre a organização social e o município de São João da Boa Vista para a prestação de serviços de saúde. Segundo a PF, a organização social desistiu de uma licitação, mas, em seguida, recebeu repasses financeiros de uma empresa vencedora da concorrência. Esse fato, somado à análise de outros contratos envolvendo valores expressivos, motivou a investigação, que visa esclarecer eventuais fraudes e desvios de recursos públicos. O valor total dos repasses investigados ultrapassa R$ 50 milhões, sendo que parte desses valores provém de repasses federais.
No total, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes cidades, e a Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões. Além disso, a investigação inclui a emissão de uma ordem de prisão temporária contra o principal investigado, que se encontra em Portugal. A PF e a CGU continuam apurando as irregularidades, com o objetivo de garantir a integridade na gestão dos recursos destinados à saúde pública.