A Polícia Federal iniciou investigações para apurar as causas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que liga os estados do Maranhão e Tocantins, ocorrido no último fim de semana. O acidente resultou na morte de quatro pessoas e no desaparecimento de outras 13. Ao menos oito veículos, incluindo caminhões com produtos perigosos como ácido sulfúrico e agrotóxicos, caíram no Rio Tocantins. A PF está conduzindo diligências no Maranhão e Tocantins e já deslocou uma equipe especializada para realizar perícias no local, incluindo engenheiros civis e especialistas em crimes ambientais.
A ponte, com 533 metros de extensão e construída na década de 1960, é uma importante via de transporte para a região, especialmente no corredor rodoviário Belém-Brasília. Em 2020, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) já havia identificado problemas estruturais, como fissuras e rachaduras nos pilares da ponte, recomendando intervenções para garantir a segurança da construção. Em maio deste ano, o DNIT iniciou um processo para contratar empresas para realizar a reforma da ponte, mas o procedimento não foi concluído antes do acidente.
Além das investigações sobre as causas do colapso, há uma preocupação com os danos ambientais causados pela queda dos caminhões carregados com substâncias tóxicas no Rio Tocantins. O governo do Maranhão emitiu orientações para que a população não utilize a água do rio, enquanto amostras estão sendo analisadas para verificar a contaminação. O Ministério Público Federal também está acompanhando o caso, que pode afetar a água consumida por diversas cidades na região.