A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para apurar as causas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, no Tocantins, que resultou na morte de quatro pessoas e no desaparecimento de outras 13. No domingo passado, dez veículos, incluindo caminhões e motocicletas, caíram no Rio Tocantins. Para auxiliar nas buscas, a PF utilizará drones subaquáticos, enquanto uma equipe de peritos do Instituto Nacional de Criminalística realizará diversas análises, incluindo toxicologia e avaliação dos danos ambientais. A investigação é coordenada pelas Superintendências da PF no Maranhão e no Tocantins.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que a ponte, que possui contrato de manutenção até 2026, não passou por reparos adequados devido ao fracasso de uma licitação para obras de recuperação, realizada em maio. No momento do acidente, três caminhões carregados com substâncias perigosas, como defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, estavam entre os veículos que caíram na água. A situação gerou preocupação sobre a possível contaminação do Rio Tocantins, levando autoridades locais a suspenderem a captação de água para abastecimento público em algumas cidades.
A PF destaca a importância da apuração das responsabilidades e dos impactos ambientais gerados pelo colapso da ponte. O Dnit, por sua vez, anunciou que as obras de recuperação da estrutura começarão em 2025, com um custo estimado entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, financiados pelo Governo Federal. A medida visa restabelecer a segurança da região e mitigar os danos à população e ao meio ambiente, enquanto o estado acompanha a diluição dos contaminantes no rio.