A Polícia Federal (PF) apreendeu mais de R$ 4 bilhões em bens ligados ao crime organizado em 2024, incluindo imóveis, veículos, aeronaves e valores monetários. O volume representa um aumento de mais de 60% em relação ao ano anterior, resultado de cerca de 2,5 mil operações realizadas em todo o país. Este crescimento é significativo, especialmente se comparado aos anos anteriores, quando os valores não ultrapassavam R$ 700 milhões anuais. As informações foram divulgadas pelo diretor-geral da PF, que destacou a intensificação das ações para desarticular organizações criminosas.
Além das apreensões, a PF estabeleceu 33 forças integradas de combate ao crime organizado, abrangendo todos os estados e regiões do Brasil. Em colaboração com as polícias estaduais, foram realizadas mais de 300 operações conjuntas, culminando na prisão de mais de mil pessoas ao longo do ano. Estas iniciativas refletem um esforço coordenado para fortalecer a segurança pública e combater atividades ilícitas de forma mais eficaz, envolvendo múltiplos órgãos de segurança.
Outro ponto abordado foi a transferência da fiscalização de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) para a PF, originalmente prevista para 2024, mas adiada para meados de 2025 devido à falta de recursos e pessoal. Desde 2023, a corporação vem se preparando para assumir a atribuição, atualmente sob responsabilidade do Exército, com apoio dos ministérios da Defesa e da Justiça. A transição está sendo planejada de forma estruturada, visando garantir eficiência e segurança no novo modelo de fiscalização.