A Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizaram uma grande operação contra uma quadrilha envolvida em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que movimentou cerca de R$ 4,6 milhões em menos de dois anos. A ação resultou na prisão temporária de seis pessoas, com mandados cumpridos em São Paulo e Ceará, incluindo cidades como Monte Alto e Ribeirão Preto. O esquema envolvia a utilização de contas bancárias falsas, registros de bens em nomes de laranjas e movimentações financeiras suspeitas. Parte do grupo também foi identificada por utilizar documentos de terceiros para ocultar suas atividades ilícitas.
O caso teve início após a prisão equivocada de um indivíduo, que foi confundido com outro investigado por estar utilizando seus dados pessoais. Após a constatação do erro, o pedido de prisão temporária foi revogado. As investigações apontam que a quadrilha era composta por diversas pessoas que atuavam em funções distintas, como o transporte de drogas, armazenamento, movimentação de dinheiro e até mesmo o gerenciamento de contas bancárias para lavar os recursos do tráfico. As autoridades identificaram também o uso de imagens de criminosos notórios em perfis de redes sociais, o que evidenciou a tentativa de ocultar a identidade dos envolvidos.
A operação revelou a organização de um esquema bem estruturado, no qual diferentes membros cumpriam papéis específicos, como o transporte e a venda de entorpecentes, além da lavagem de dinheiro obtido ilegalmente. Durante a operação, bens e veículos foram apreendidos, e os investigadores ainda analisam aparelhos telefônicos que podem indicar a participação de mais pessoas. Os acusados enfrentam uma série de acusações graves, incluindo tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 35 anos de prisão.