A Polícia Federal (PF) concluiu uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022 e indiciou 40 pessoas por envolvimento em crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O inquérito, que foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), inclui, entre os indiciados, figuras proeminentes como ex-membros de governos anteriores e militares. A Procuradoria-Geral da República (PGR) está agora analisando o relatório final da investigação, que soma mais de 800 páginas, para decidir os próximos passos legais.
A investigação revelou ações que indicam tentativas de obstrução da apuração, incluindo a interferência em testemunhos e investigações, além da organização de ações violentas com o objetivo de derrubar o governo. A Polícia Federal também apontou que algumas pessoas envolvidas na trama tentaram impedir a colaboração de envolvidos, como um ex-ajudante de ordens, e se organizaram para executar um plano de assassinatos de autoridades. O inquérito detalha a atuação de diversos grupos e a estrutura das ações, dividindo os indiciados em seis núcleos distintos.
Agora, cabe à PGR decidir se denunciará os indiciados ao STF ou se arquivará o caso. Caso haja denúncia, o Supremo Tribunal Federal abrirá uma ação penal e os acusados se tornarão réus, passando por um processo judicial. A decisão final sobre culpabilidade e as eventuais condenações ocorrerá no julgamento. Além disso, a PGR pode solicitar diligências adicionais para aprofundar as investigações, o que dependerá da análise do ministro responsável pelo caso.
