Neste sábado, 14, a Polícia Federal prendeu um general da reserva, acusado de obstrução da Justiça, no contexto das investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Desde 2023, a PF conduz duas frentes principais de apuração: uma focada na participação de grupos extremistas nos ataques aos prédios dos Três Poderes, em janeiro de 2023, e outra investigando aliados do ex-presidente, com ênfase em políticos e membros das Forças Armadas. As investigações resultaram em diversas prisões, incluindo de ex-assessores e militares de alta patente, suspeitos de articularem ações antidemocráticas.
As investigações revelaram a existência de um plano articulado por diversos setores ligados ao governo anterior, com o envolvimento de militares e civis em atividades ilegais, como a tentativa de impedir a posse do presidente eleito e até a execução de ataques a figuras políticas importantes. Entre os alvos das operações, destacam-se membros das Forças Especiais do Exército e outros militares que foram acusados de planejar, financiar e apoiar movimentos golpistas. A Operação Contragolpe, deflagrada em novembro, e a Operação Tempus Veritatis, realizada em fevereiro de 2024, foram fundamentais para o avanço das investigações.
A PF segue aprofundando os trabalhos, com foco na identificação e responsabilização de envolvidos na organização e financiamento de movimentos antidemocráticos. Além das prisões, a Polícia Federal tem obtido informações cruciais que indicam o planejamento de ações violentas e ilegais para subverter a ordem democrática. Embora algumas pessoas tenham sido liberadas sob decisão judicial, as investigações continuam em andamento, com a expectativa de novos desdobramentos nos próximos meses.