Na madrugada do último sábado (7), a polícia de São Paulo prendeu três pessoas suspeitas de participar do assassinato de um delator, ocorrido em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A execução também resultou na morte de um motorista de aplicativo que estava no local no momento do ataque. Os suspeitos foram encaminhados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestaram depoimento. Durante a operação, foram apreendidos munições e celulares, que passarão por perícia. As investigações seguem sob sigilo.
O delator assassinado havia firmado um acordo de colaboração com o Ministério Público de São Paulo em março de 2024, no qual denunciou diversos crimes, incluindo extorsões praticadas por policiais civis e um esquema de lavagem de dinheiro ligado a uma facção criminosa. O conteúdo completo da delação é sigiloso, mas no final de outubro, partes do depoimento foram encaminhadas à Corregedoria da Polícia, indicando a gravidade das acusações. O delator foi ouvido pela Corregedoria apenas uma semana antes de sua morte.
A morte do delator tem gerado repercussão devido à conexão com membros das forças de segurança e ao envolvimento de facções criminosas no esquema denunciado. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que as investigações continuam em sigilo, buscando esclarecer os motivos e os responsáveis pelo crime, além de garantir que os envolvidos sejam levados à justiça.