Na década de 1980, o Brasil enfrentava um grave problema de inflação, que era combatido com diversos planos econômicos sem sucesso. A implementação do Plano Real, em 1994, foi um marco histórico, trazendo uma queda significativa da inflação, que passou de índices mensais de até 30% para uma média anual de 5%. Contudo, esse controle de preços não significa que a inflação tenha sido totalmente erradicada, e ainda persiste como um desafio para a economia brasileira.
Atualmente, a inflação é alimentada pela deterioração fiscal, marcada por déficits orçamentários recorrentes e um alto nível de endividamento. Esse cenário leva a um aumento nos juros e coloca o Brasil em risco de uma estagflação, ou seja, um período de estagnação econômica acompanhado de preços elevados. O texto sugere que, para evitar esse quadro, é urgente a adoção de um “Plano Real Fiscal”, que envolva um ajuste estrutural nas finanças públicas, com a colaboração de diferentes setores da sociedade.
Esse ajuste fiscal exigiria sacrifícios de todos, incluindo empresários, governo, Congresso, Judiciário e a população em geral. A redução de subsídios, cortes de gastos e a implementação de uma reforma previdenciária seriam medidas necessárias para evitar que a inflação e os juros elevados penalizem principalmente os mais pobres. Se essas ações não forem tomadas, os impactos negativos sobre a economia continuarão a se agravar, prejudicando a estabilidade financeira do país.