A piramboia, também conhecida como peixe-cobra, é uma espécie única e fascinante que habita o Aquário de Santos, no litoral paulista. Esse peixe pulmonado, pertencente ao grupo dos peixes fósseis-vivos, é capaz de respirar fora d’água, o que o torna especial entre as espécies aquáticas. Sua respiração não é totalmente eficiente pelas brânquias, que são rudimentares, mas o sistema vascularizado presente na boca permite que o animal absorva oxigênio diretamente do ar. Essa característica evolutiva é vital para a sua sobrevivência em regiões de água doce, como a Bacia Amazônica, onde se adapta a períodos de seca enterrando-se na lama.
A piramboia pode viver fora da água por longos períodos, o que a torna resistente a condições climáticas adversas. Durante as estiagens, o peixe é capaz de entrar em um estado de dormência, sobrevivendo por mais de um ano, caso necessário, até que as chuvas retornem e os ambientes úmidos sejam restaurados. Alimenta-se de peixes, crustáceos, moluscos e insetos, e tem uma alimentação predominantemente carnívora. Sua presença no Aquário de Santos ajuda a destacar a biodiversidade da Amazônia, em um tanque compartilhado com outros peixes ornamentais dessa região.
Considerada um fóssil-vivo, a piramboia é um exemplo de resistência e adaptação evolutiva. Presente no Brasil e em diversos outros países da América do Sul, como Argentina, Paraguai e Venezuela, ela é um dos únicos peixes pulmonados do mundo. A espécie também desperta o interesse de biólogos, que estudam suas peculiaridades, incluindo sua habilidade de respirar fora da água, um comportamento raro entre os peixes. Além disso, sua vida no aquário de Santos atrai visitantes curiosos que buscam conhecer mais sobre a fauna amazônica e os mecanismos de sobrevivência de espécies tão adaptáveis.